O tema da suposta fraude nas urnas eletrônicas em Alagoas perdeu o viço, embora haja quem ainda tente requentar a teoria da conspiração, no meio intelectual da tecnologia da informação, que abriu um bom mercado para pareceristas e advogados. Afinal, nada melhor do que ter um produto desses para candidatos derrotados desesperados! O excelente advogado Fernando Neves, ex-ministro do TSE, é o advogado de João Lyra, candidato derrotado nas eleições de 2006, defendendo a tese de que por aqui "poderia" ter havido fraude, consoante pareceres que afirmam que "é possível" que tenha ocorrido fraude. Sua tese estriba-se em parecer técnico, insista-se, cujo teor discordamos, como aliás discorda o TSE. Assim, como entre o "poderia" e o "é possível" há a realidade, melhor ficarmos com ela: as urnas eletrônicas fortaleceram a nossa democracia. Aliás, o próprio Fernando Neves - tratando da matéria de modo genérico e se referência a casos concretos - atribui as críticas às urnas ao choro de derrotados, que não tendo a quem culpar, culpam as urnas:
Comentários
Os tempos mudaram, as eleições são vencidas hoje pela vontade soberana do povo, ainda insipiente é verdade, mas já uma vontade guiada pelo desejo das massas.
O dinheiro muito pode, não se pode negar, mas quando acreditam que ele pode mais do que realmente pode é porque ele já vale menos do que se acha que vale.
O resultado das urnas foram e são soberanos. Teses pirotécnicas e até hollyudianas são fáceis de mirabolar, o problema realmente está entre a ficção ou imaginação e o plano real dos acontecimentos.
No campo da possibilidade existe uma linha que tende para o infinito, mas no campo da realidade há um ponto e é neste ponto que se deve fixar qualquer análise do hoje como realidade concreta do agora.
Houve fraude nas eleições em Alagoas? Acredito que não, mas se tivesse havido, pelo que conta a história quem teria vencido não seria quem venceu!
Poderá haver fraude nas eleições com urna eletrônica? A essa pergunta deve responder o leitor, mas não para quem escreveu isto, e sim para ele mesmo.
As certezas também dependem do que e em que se acredita. A escolha é sua, portanto, há duas opções ficções ou realidades, decida-se!